sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Lua Nova - Crítica

Bom, vamos lá. Fui na pré-estréia de Lua Nova hoje de madrugada, no Cinemark daqui de Natal. Uma palavra: desorganização. Para uma empresa com a estrutura dessa cadeia de cinemas, os erros da gerência e a grosseria dos mesmos (teve uma das gerentes que mandou a menina da minha frente calar a boca, wtf!) poderiam ter estragado a diversão de todo mundo. Além disso, 500 adolecentes cheias de hormônios brigando ao mesmo tempo não é mole, não - haviam poucas meninas e mulheres mais velhas, mas até elas estavam doidonas. Estou ficando realmente velha para isso. Imaginem, eu fui uma das poucas sãs no meio daquele mar de gritos! Ai ai...


Mas vamos ao filme. O trailer esperado de Eclipse não passou - suponho que só vai ter mesmo nos EUA. O filme começou bem, com a cena do sonho onde Bella já tem a idade de sua avó. Ela está fazendo aniversário e está pirando com isso, pois fez 18 e Edward está congelado nos 17. Aí vem a cena da festa, onde tudo desanda: Jasper a ataca quando ela se corta com papel, e Edward, temendo por ela, vai embora.

Aí começa a angústia da pequena Swan: ela entra em depressão, e só começa a dar sinais de melhora ao arranjar uma maneira de rever seu Cullen preferido - adrenalina. Uma vez que prometeu que não faria nada arriscado, toda vez que ela faz algo imprudente, uma alucinação de Edward aparece para ela. Boa jogada dos produtores do filme, pois ele não aparece no livro, é só uma voz na confusa cabeça de Bella. Na sua busca por aventura, ela se aproxima de Jacob, seu amigo quileute, que também possui um segredo: ele é um lobisomem.

Quando estão mais próximos do que nunca, Alice, irmã adotiva de Edward, volta para falar com ela. Ele acha que ela morreu, e vai atrás da própria morte, enfrentando os Volturi, a realeza e os juízes do mundo vampiro.

O que foi bom

Todo o filme foi melhor que o anterior: melhor edição, melhores efeitos especiais, melhores atuações, etc. Procuraram cortar o enorme espaço vazio que existe no livro, o mais parado da série, e fizeram um bom trabalho, sem deixarem de ser fiéis à obra. Os Cullen tiveram mais projeção, e Alice ficou ainda mais perfeita. Outra boa jogada foi colocarem um Jasper mais irônico: alguém que altera o humor das pessoas não pode ser tenso o tempo todo.

Os Volturi estavam ótimos. Jane cruel e mais nem-aí, impossível, e Aro doidão/gentil também ficou ótimo. Aliás, a ação das cenas com eles e outras durante o filme foram uma escolha acertada, principalmente para os meninos (e algumas meninas) que não suportam somente romance e choradeira por 2h seguidas.

Quanto aos meninos... Garotas (e alguns garotos, claro), segurem-se em suas cadeiras - as cenas de Jacob sem camisa só me faziam pensar em uma coisa: por que, deus, ele não tem mais de 18 anos? Não posso olhar toda essa gostosura sem pirar, e a polícia de proteção aos menores vai me pegar.

O que foi ruim

Apesar da melhora dos efeitos especiais, isso não quer dizer que essa missão foi cumprida. Cenas de paisagens digitais ficaram muito ruins, e os lobos, apesar de legais, poderiam ficar melhores, ainda mais quando eu me lembro do trabalho do diretor Chris Weitz em A Bússola de Ouro. Mas com um orçamento apertado, acho que foi o melhor que puderam fazer.

O romantismo também ficou muito exagerado. A cada "eu te amo, Bella", eu revirava os olhos. Sei que o amor escorrendo das páginas é uma das marcas da série Crepúsculo, mas para o cinema deveria ficar mais dinâmico. Faltou uma explicação da habilidade de Jasper, pois não disseram que ele também tinha um dom no primeiro filme.

Mas, e aí?

No geral, foi um bom filme. É claro que não é um filme dos anos 30/40, mas sim um alento para os adoradores da saga e do cinema ao mesmo tempo, que sabem que não é nenhuma obra prima, mas que nem por isso podem fazer um longa metragem tão ridículo quanto o primeiro. Existem coisas a melhorar, mas a tendência é justamente essa: ir melhorando a medida que aumenta a procura e, é claro, o orçamento. Mas, para encerrar, só tenho uma coisa a dizer por enquanto: Chris Weitz para Breaking Dawn (Amanhecer)!