Aí começa a angústia da pequena Swan: ela entra em depressão, e só começa a dar sinais de melhora ao arranjar uma maneira de rever seu Cullen preferido - adrenalina. Uma vez que prometeu que não faria nada arriscado, toda vez que ela faz algo imprudente, uma alucinação de Edward aparece para ela. Boa jogada dos produtores do filme, pois ele não aparece no livro, é só uma voz na confusa cabeça de Bella. Na sua busca por aventura, ela se aproxima de Jacob, seu amigo quileute, que também possui um segredo: ele é um lobisomem.
Quando estão mais próximos do que nunca, Alice, irmã adotiva de Edward, volta para falar com ela. Ele acha que ela morreu, e vai atrás da própria morte, enfrentando os Volturi, a realeza e os juízes do mundo vampiro.
O que foi bom
Todo o filme foi melhor que o anterior: melhor edição, melhores efeitos especiais, melhores atuações, etc. Procuraram cortar o enorme espaço vazio que existe no livro, o mais parado da série, e fizeram um bom trabalho, sem deixarem de ser fiéis à obra. Os Cullen tiveram mais projeção, e Alice ficou ainda mais perfeita. Outra boa jogada foi colocarem um Jasper mais irônico: alguém que altera o humor das pessoas não pode ser tenso o tempo todo.
Os Volturi estavam ótimos. Jane cruel e mais nem-aí, impossível, e Aro doidão/gentil também ficou ótimo. Aliás, a ação das cenas com eles e outras durante o filme foram uma escolha acertada, principalmente para os meninos (e algumas meninas) que não suportam somente romance e choradeira por 2h seguidas.
Quanto aos meninos... Garotas (e alguns garotos, claro), segurem-se em suas cadeiras - as cenas de Jacob sem camisa só me faziam pensar em uma coisa: por que, deus, ele não tem mais de 18 anos? Não posso olhar toda essa gostosura sem pirar, e a polícia de proteção aos menores vai me pegar.
O que foi ruim
Apesar da melhora dos efeitos especiais, isso não quer dizer que essa missão foi cumprida. Cenas de paisagens digitais ficaram muito ruins, e os lobos, apesar de legais, poderiam ficar melhores, ainda mais quando eu me lembro do trabalho do diretor Chris Weitz em A Bússola de Ouro. Mas com um orçamento apertado, acho que foi o melhor que puderam fazer.
O romantismo também ficou muito exagerado. A cada "eu te amo, Bella", eu revirava os olhos. Sei que o amor escorrendo das páginas é uma das marcas da série Crepúsculo, mas para o cinema deveria ficar mais dinâmico. Faltou uma explicação da habilidade de Jasper, pois não disseram que ele também tinha um dom no primeiro filme.
Mas, e aí?
No geral, foi um bom filme. É claro que não é um filme dos anos 30/40, mas sim um alento para os adoradores da saga e do cinema ao mesmo tempo, que sabem que não é nenhuma obra prima, mas que nem por isso podem fazer um longa metragem tão ridículo quanto o primeiro. Existem coisas a melhorar, mas a tendência é justamente essa: ir melhorando a medida que aumenta a procura e, é claro, o orçamento. Mas, para encerrar, só tenho uma coisa a dizer por enquanto: Chris Weitz para Breaking Dawn (Amanhecer)!